Comissão de Ética arquiva caso de Juscelino Filho, ministro das Comunicações, acusado de permitir que sogro usasse ministério para fins pessoais.
A Comissão de Ética da Presidência da República decidiu encerrar a investigação que envolvia o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, conforme reportado pelo jornal Folha de São Paulo. A apuração investigava alegações de que o ministro teria permitido que seu sogro, Fernando Fialho, que não é funcionário público, utilizasse a estrutura do ministério para atividades não oficiais. De acordo com o relatório do relator Bruno Espiñera Lemos, apresentado na última reunião da comissão em 20 de março, a recomendação de arquivamento foi aprovada por unanimidade.
O relator afirmou em seu voto que Juscelino Filho nunca escondeu a presença do sogro no ministério, justificando que sua atuação foi voluntária e baseada em sua experiência em administração pública federal. Espiñera Lemos argumentou que era compreensível o ministro desejar contar com pessoas conhecidas da estrutura administrativa ao assumir um posto tão relevante.
Segundo a reportagem da Folha de São Paulo, uma publicação anterior do jornal O Estado de S. Paulo já havia revelado que Fialho frequentava o ministério e realizava encontros com empresários mesmo na ausência de Juscelino Filho. O ministro defendeu que a colaboração de seu sogro era voluntária, visando auxiliar na implementação de políticas públicas a partir de 2023.
Juscelino Filho também esclareceu que a presença de Fialho ocorreu durante um período de transição governamental, onde as conversas eram genéricas e não resultavam em ações administrativas concretas. No entanto, o relator contestou a alegação de que essa atividade aconteceu durante a transição de governo, destacando que o primeiro ano de um novo governo não corresponde a um período de transição.
Apesar das controvérsias, Bruno Espiñera Lemos reconheceu que o primeiro ano do governo foi marcado por desafios, incluindo a reestruturação administrativa do Ministério das Comunicações e de outros órgãos, que passaram por reformulações significativas.
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